quarta-feira, 19 de maio de 2010

Guerreiros da moeda

Do precário conhecimento que tenho do ‘mundo da sobrevivência’, me basta para ter por ele total antipatia. E dos poucos anos submergida nesse ‘mundo’ – devorador de autenticidade –, já me sinto atolada na lama, a qual jurei, sem credibilidade, em meu pleno castelo de autoafirmação, numa juventude isenta de medo e repleta de planos, mergulhar.

Nessa batalha diária por um lugar ao sol, o que conseguem os incríveis guerreiros da moeda é continuar perto do chão. Pois, apenas não mais basta labutar por vitória, tem-se que confrontar com indivíduos demais que, desesperados pela luminosidade ao final do túnel imundo e fétido, atropelam quem a escada ao alto está a escalar.

Inocentemente, os homens ainda pensam padecer nas nuvens após conseguir pagar todas as contas daquele mês. Adormecerá cantarolando e abrirá os olhos de um novo amanhã debaixo de uma tempestade.

Vestir-se pela manhã gelada de invernos brancos para subir e descer degraus nas ruas, batendo ombros com outros malandros; tropeçando e caindo e levantando para sobreviver do jeito que der ou puder. Desmoralizados e já por si desculpados pelo almejo do empurrão ao mais próximo. A cada queda, difícil se ter compaixão por alguém a não ser de si mesmo. Ignorando e negando, calado, a mentira de assumir falsamente que apiedar-se de si é a coisa mais terrível que existe. Pois quem sente o que sente quando vê-se rastejando à humilhação, sabe que não existe coisa pior do que lamber o sentimento da pena. Tanto, que outros, todos, se apequenam a ele – o sentimento da autopiedade.

É triste o quanto o dinheiro é importante para os homens. Capaz de causar os piores e mais baixos atos e sentimentos. Que fazem matar, roubar, mentir, enganar, tudo por ele... que cria vida toda vez que atormenta uma alma.

O mundo da sobrevivência é cheio de esperanças de sorte. E alguns experimentam beiras de abismos por nela crer – a sorte; raros beijam a face da alegria completa - efêmera.

Existem os que conseguem manterem-se submersos num furioso mar de ‘afogandos’ e afogados. Remando com suas mãos suadas e gananciosas. Burra, toda ela, rendida a uma maquinaria de sofrimento que favorece alguns poucos e esmigalha virtudes riquíssimas e nobres.

Burros? Diriam que não todos aqueles soberbos acerca de suas façanhas. Talvez noites em claro, agonizando em cefaléia ou cólicas de diarréia, travados em uma cadeira dura, sem fraquejar. Construindo, assim, seus palacetes merecedores de seus donos. À contrapartida, tantos quantos o mesmo fazem, e nem sequer vislumbram a ponta do paraíso. Chamaríamos isso de quê? Quer saber... Não importa!

Amanhã os guerreiros da moeda vestir-se-ão para a peleja, com arma ou sem arma punhada.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Me perguntam por que sou vegetariana. E ainda fazem cara de espanto às minhas explicações.

Me perguntam por que sou VEGANA. E ainda fazem cara de que não entendem quando explico.

Sou VEGANA porque repudio todo e qualquer tipo de mal a qualquer espécie, racional ou não, ou com outro tipo de raciocínio, coisas as quais não saibamos.

É isso, nós, SERES HUMANOS, não sabemos e entendemos de TUDO.

A imagem e a música falam tudo o que sinto.

Sinara Dutra