sexta-feira, 16 de setembro de 2011

28 anos

Quantas e quantas coisas prometemos a nós mesmos e não cumprimos...?! Quantos planos, que “desta vez não deixarei de realizar”, que nunca passarão de projetos gostosos de serem criados.


Eu, hoje, não sou mais tão exigente comigo. Sou mais paciente, mais compreensiva. Por que eu tenho que ser tão dura comigo mesma?! Ora, todos à volta são, a vida é, eu tenho que me dar um desconto. Afinal, sou eu quem mais sei de mim mesma, dos meus defeitos (mesmo que não assuma), das minhas qualidades, das minhas manias, desejos. Sei das minhas dificuldades, de minhas fraquezas. Eu não preciso me desculpar de nada. Não preciso me inventar uma desculpa esfarrapada para me livrar de culpa alguma. Simplesmente aprendo (se puder), e deu. Próximo passo.


A verdade é que nunca me senti preparada para mudanças. É péssimo isso. Tenho um certo pavor disso. Sei que preciso ajeitar isso em mim... O fato é que houve algo comigo há alguns anos que fez com que eu mudasse não só minha rotina, como o modo de ver as coisas. Posso dizer que transformou-me em outra pessoa. Sei que isso tudo é meio melodramático – e pensar que já curti essa onda. De repente, ser o centro das atenções... mas por um motivo ruim. Eu não via que isso era terrível para a minha autoestima. Eu sempre me acostumei com pouco. Sempre me contentei com o que tinha. Nunca fui exigente. E isso, talvez, tenha me ajudado a encarar a vida com menos dificuldade que já encontro.


Eu sei que a felicidade é fácil de conquistar, teoricamente. Todo mundo sabe. Até eu. Sorrir a todas as manhãs, não reclamar de nada e agradecer apenas por estar vivo, independentemente do que se tem ou como se está. Mas na prática é mais bonito do que palpável.


Então eu não quero para mim essa obrigação de ficar dizendo a todos que sou feliz. Se estou alegre, todos vão perceber, vou fazer palhaçada e falar porcaria até alguém se incomodar. Se eu estiver triste, também perceberão que perderei o brilho. Mas sempre estarei em alta velocidade nessa estrada que acredito seguir até meu destino. Onde lá está a minha paz e a minha felicidade.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Acostamento

Alguém já chegou ao ponto de ter certeza de que está no caminho certo? Já sentiu-se pleno na vida? Consigo, com os outros?

Eu sou uma grande roda gigante. Subindo e descendo devagar. Causando, às vezes, um grande mal estar. Enjoo. Ânsia.

Fico parada no tempo, de tempo em tempo. A vida ao meu redor é movimento. E eu fico vendo as coisas passarem por mim. Na dúvida de qual direção tomar. Nessa indecisão, eu vejo os anos passarem por mim.

Esse stop que eu dei na viagem está me causando arrepios.