quinta-feira, 12 de maio de 2011

Os anos

Estava eu caminhando hoje pela manhã por longa avenida para chegar ao meu trabalho, quando lembrei de uma fala, de um guru indiano, em um filme, que, quando perguntado sobre sua idade, respondeu: “101, ou 63” (alguma coisa assim), e deu de ombros, sorrindo, como se ignorasse a importância da resposta. E fiquei refletindo sobre isso.

Realmente, que bobagem! Qual a sua idade? É uma das primeiras perguntas que fazemos quando conhecemos alguém. Por que será essa mania? O que há de importante na informação de quando tempo a pessoa está viva?!

Idade, hoje – muito mais do que antigamente –, nada tem a ver com conhecimento, maturidade, inteligência, beleza etc.

E nem mesmo as experiências que a vida nos proporciona nos falam os anos que vivemos. Há gente que nunca saiu de sua cidade, que cultiva rotina simples, e outras que logo chegaram à terra e rodaram o mundo, perderam entes queridos, experimentaram tragédias.

A idade só nos ajuda a tentar “controlar, organizar e programar” nossas vidas. Como se pudéssemos saber quantos anos viveremos... como se tivéssemos controle sobre o que faremos... como se não fôssemos, sempre, surpreendidos a todo momento, fazendo com que mudemos nosso planos a cada hora... como se soubéssemos o que iremos querer no amanhã.

Então, quando estava quase chegando ao meu destino, entendi, ou melhor, lembrei-me o porquê a idade, ou seja, os anos que uma pessoa tem, é tão importante: porque existe a morte!

Não é regra, podemos morrer daqui a um segundo – aliás, quando leres isso, eu mesma poderei não mais estar aqui - , mas partimos, todos nós seres humanos, da premissa de que morreremos velhos. E quanto mais os anos passam, significa que a morte está perto.

Além disso tudo, com a idade, vêm as diferenças hormonal, física e temperamentais...

Confesso que pensar na velhice me assusta... mas isso é papo para outro dia.

Até.

Um comentário:

Pinecone Stew disse...

Have a super weekend !