segunda-feira, 30 de março de 2009

Liberdade! Um conceito, um estado de espírito ou utopia?


A liberdade é algo que está, antes de tudo, dentro de nós. Do contrário, se ela não morar dentro de nossa mente, repousar em nosso peito e acalentar a nossa alma, poderemos procurá-la pelo mundo inteiro, e mesmo assim nos sentiremos presos a algo, alguém, pensamentos, sentimentos, lembranças, dias, horas, nomes, dores...
A liberdade é o sentimento mais importante para um indivíduo, criatura, humana, animal, seja lá o que for.
Quando nos sentimos livres, é como se a vida, as pessoas, o mundo conspirasse para tua felicidade. Como se o peso das coisas fossem fáceis de suportar sobre nossas costas; como se as dores e as incertezas amenizassem-se por uma tranquilidade indizível.
Liberdade = felicidade?
Liberdade = conceito de indivíduo que vai aonde bem entender, sem a ninguém obedecer?
Liberdade = um estado de espírito, que ora vem, ora vai, dependendo de como te sentes ao despertar?
Liberdade é uma condição de vida. Implica em nossas ideias, filosofias, atitudes, na forma como nos relacionamos com as pessoas, os bichos, natureza, e consigo mesmo.
É o pulo pro alto, no nada, é o grito preso na garganta, é o correr a esmo, é obedecer a seus instintos, é o sentir-se forte, invencível, inatingível, poderoso, sabedor de suas vontades, dono do seu tempo e do seu gozo.
Mas a vida não é um passeio pelo parque, morangos na sexta de piquenique, toalha xadrez, maças caindo aos pés da mecieira, pássaros cantando, a grama aconchegando nosso corpo cansado e o ar mais puro para nosso respirar.
A vida é a venda do nosso curtíssimo e mal aproveitado tempo para ganharmos o dinheiro para sobrevivermos.
É a dor que lateja nas noites em que nos encontramos sozinhos; quando a dor só a nós pertence. Quando temos que suportar a alma expremida e comprimida tamanha nossa angústia.
É a solidão, o abandono, a falta de liberdade, do ir, do vir, do ser feliz.
Erramos, roubamos, matamos e prendemos nossos corpos e almas para sempre, figurado e literalmente.
Abrimos mão de nosso livre arbítrio, o livre andar dos nossos corpos para onde quisermos ir, andar a esmo, só por fazer, só por ir. E perdemos, se não o mais importante de tudo, o quase -que dá vazão a todos os nossos males.
Nascemos sós, morerremos sós. Nascemos livres, e nem sempre somos, porém nascemos para assim sermos, TODOS NÓS.
O aprisionamento de quaisquer sentimentos, pensamentos ou ações de nossos "eus" é inadmissível e imperdoável.
Que o mundo e tudo que nele habita seja livre da forma mais intensa possível.
Liberdade de expressão; liberdade sexual; liberdade do seu ser; liberdade para ser quem quiser ser.
Liberdade não é conceito, nem estado, nem utopia, é direito e razão da exitência de qualquer ser que exista.


Sinara Dutra



Nenhum comentário: