terça-feira, 26 de julho de 2011

Amy Winehouse


Em 16 de setembro de 1983, nascia eu. Depois de assistir à minha irmã deixar o espaço em que dividimos por nove meses juntas, fiquei ali por dez minutos, só, sem que ninguém sequer soubesse da minha existência. Dois dias antes, em Londres, nascia Amy Winehouse, exatamente em 14 de setembro de 1983.
Anos depois, assim que ouvi sua voz, foi paixão à primeira ouvida. Uma voz rouca, afinada, intensa. Mas foi com Love Is A Losing Game que eu captei algo a mais. Sentimentos transbordavam das palavras pronunciadas. Parecia que as letras desmanchavam em sua boca. Ela era uma romântica assumida. E foi por causa dessa romântica composição, de uma história vivida por ela mesma, que conheci a autobiografia cantada da vida cheia de amores e desastres de Amy Winehouse. Seu álbum Back to Black é completamente autobiográfico.
Fora ela quem popularizou o jazz. Quem lançou moda ao se vestir de maneira essêntrica, característica de sua personalidade forte e decidida. Quem mostrou o seu talento e a coragem ao subir aos palcos para fazer o que de mais belo sabia. E que, com isso, influenciou a vida de milhares de pessoas pelo mundo todo. Ela dizia: "O que não quero é morrer sem ter contribuído com algo para a história da música". Ela não fez só isso. Fez muito mais.
O fato da Amy compor suas canções com o calor de quem conta os seus males, fez com que as pessoas se identificassem com o que ela cantava. Um dos discos mais vendidos do século 21 fora o seu. Sua música, que conta o íntimo drama da reabilitação, foi a música mais influente do início desta década.
Isso é o que importa. O resto, é resto. O que merece atenção quando o assunto é Amy Winehouse é seu legado musical. Suas canções e sua voz.
Uma voz que não morrerá nunca. Uma voz única.

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